segunda-feira, setembro 13

Anotação I

Num dia eu nasci.
Noutro eu morri.

A vida é curta e cabe
No espaço de uma gozada.



(Paraty/Jabaquara)

quinta-feira, fevereiro 11

Isabel

Das coisas que acontecem
Sem que pensássemos ser
Possível

Das coisas que dão sabor,
Gosto gostoso à alma, um
Tempero à parte

Do beijo que surge intenso
Ou da vontade de amar um
Amor imenso

De tudo que vale a pena...
De tudo que necessitamos...

Isabel tem um pouco.

Pois, que se tivesse tudo,
Não seria Bel, seria mundo.

quinta-feira, janeiro 14

Mundo Cão

Anotações para um futuro roteiro de animação.

O cara é trocado por um cão.

Inconformado, pensa em diversas maneiras
de se livrar do cachorro, um Dashsund filho
da puta.

Matuta, confabula e tenta.

Falha.

O canino é sagaz.

Resolve então, partindo de sua última falha,
entrar de cabeça no mundo cão.

Se entranha na sociedade pulguenta e com
os mais diversos peludos, aprende o must da
arte canina do nin-jitsu-do-jo-dog-hellraiser!

Finalmente, aprende tudo sobre assassinato
em boca de bueiro e logo começa a praticar o
seu 'how to kill a dashsund' sem misericórdia...

Em seu pensamento, o aniquila trocentas
vezes de diferentes formas, é um êxtase.

segunda-feira, novembro 2

Novidade d'Ondina

Uma longa
Noite escura

Dois corpos entrelaçados,
Escultura

Amor em fúria...

Rompendo o silência
Da madrugada fria

E que ironia, nos conhecemos
Poucas horas atrás.

sexta-feira, outubro 30

Presente do Mar











Pescador quando sai
Só sabe que vai, não
Sabe se volta não

Bem cedinho ele sai,
Só sabe que vai, não
Sabe se volta não

Pescador quando sai
Não olha pra trás, só
Olha pra imensidão

Dá um nó nas calças,
Mais um nó na corda e
Outro em seu coração.

Coração...
Coração...
É patuá meu irmão!

Ai coração, que fica
À deriva e espera por
Horas...

Não chore mais não.

Ai coração, que fica
À deriva e espera com os
Olhos...

Grudados na arrebentação.

Patuá...
Patuá...
Presente do mar...

É vivo
o
Teu homem, com a vida
No cesto e nas mãos

As trutas pescadas, patuá
Pendurado e um salve para
A proteção

Dos divinos do mar, que o
Trouxeram pra casa depois
De outro dia de cão...

Coração.
Coração.
Coração...

Coração de pescador, eia!
Coração do Brasil... oxalá!

Coração de pescador, eia!
Coração do Brasil... oxalá!

Êh, êh, oxalá!
Êh, êh, oxalá!



(composta em Itapuã, ontém,
num resquício de tarde mais
do que especial...)

sábado, outubro 24

O Nascimento de um Tricolor!
















Minha mãe costuma dizer que eu nasci sorrindo.

E fala com entusiasmo típico, daquelas que dão à luz.

Conta que eu sorria tanto, mas tanto, que meu sorrir
Lhe causava um certo espanto.

- Que coisa esquisita seu Doutor! Esse garoto sorri
Mais que uma hiena! Parece até que acertou na Sena!

- Nada demais minha senhora! Depois de nove meses
Esperando, não há de querer desgostar logo agora!

- Mas Doutor, eu não me engano! Esse retardado há
De ser tudo, menos corintiano!

E para se abster de uma richa futebolística, o Doutor
Se calou, pois sempre fora um fanático santista!

Fato, é que meu pai, que é palmeirense, não pôde
Comparecer ao parto.

E talvez pela falta de seu verso alviverde e contrário,
Tenha se definido ali um ‘futuro’ adversário!

De certo apenas é que aquele pequenino, se livrou de
Ser corintiano, santista ou palestrino.

Escapou até de se tornar um bugrino!

Para quem não sabe, minha mãe namorou um
Torcedor do guarani, e faz tempo, eu era um menino!

Seria o Bugre o meu primeiro time?

Seria sim, mas por ironia do destino,
Quisera Ele, Deus, que eu fosse mesmo é sãopaulino!

terça-feira, outubro 20

Casa Própria

Em cada sorriso,
Em cada oração!

Em cada gesto amigo,
Em cada doação...

Eis onde se encontra
O Amor.

segunda-feira, outubro 19

Dilema





















É malandro, a vida não anda
Lá uma maravilha né não!?!?

Concordo com a sua opinião,
Acredito que a vida seja igual
A um simples saco de pão...

Uma hora vazio, noutra não!


Renato Garauve

(esse cara é brother, e escreve
muito melhor do que eu, mero
blogueiro pobre e sem graça)...

domingo, outubro 18

Narcolepsia

Fez do relógio,
Uma rede.

E passou a
Levantar todos
Os dias...

Às 13:50 horas.




Definição (segundo o Wikipedia):


Condição neurológica caracterizada
Por episódios irresistíveis de sono e
Em geral distúrbio do sono.

É um tipo de dissonia.

O sintoma mais expressivo é a
'Preguiça' e a sonolência excessiva,
Durante o período da manhã, que deixa
O paciente em perigo enquanto realiza
Tarefas comuns...

Como conduzir, operar certos tipos de
Máquinas e outras ações que EXIGEM
Concentração.

Isso faz com que a pessoa passe a
Apresentar dificuldades no trabalho, na
Escola e, até mesmo, em casa.




Minha versão da história: BULLSHIT!!!

domingo, outubro 11

emiéssiêne

Chávez diz:
- Puta!!
Obama diz:
- faaaala ae irmão
Chávez diz:
- Bão??
Obama diz:
- bão
Obama diz:
- e ae, bão tamém?
Chávez diz:
- Tranquilo!!
Chávez diz:
- Tranquilo!!
Obama diz:
- td em riba então!

sábado, outubro 3

Outra Noite II

Não.

Eu não quero ir embora.

Sei bem que é chegada
A sua hora, mas...

Fique, pelo bem do nosso
Amor.

Coisa linda, sossegue sua
Cabeça em minhas mãos.
Vem, vou te ninar...

Menino bonito.
Meu menino bonito.
Vem, deixa eu te levar...

...para onde a noite é véu.



Luiza Ide

sexta-feira, setembro 25

Outra Noite

Levanta moça,
É chegada a hora.

Eu tenho que
Trabalhar, você
Precisa ir embora.

A rotina que nos
Separa é a mesma
Que nos sustenta.

E que esquenta
Nossas esperanças.

De mais uma noite...

terça-feira, setembro 22

Isabella

É...

É verdade que eu te amo demais.

E também é verdade que o 'eu te
amo' que eu digo para você difere
dos demais...

Não sei bem como explicar isso.
Se é que existe a possibilidade de
se explicar o inexplicável...

Amor como o teu não existe.
Sei disso porque amo exatamente
da mesma forma.

Somos dois seres tão distintos e
tão iguais, dois corpos que dividem
uma só alma...

E talvez por isso nem seja de fato
necessário um matrimônio, vestido
de branco e terninho, com chuvinha
de arroz e 'Just Married" no final...

Esse casamento vem de muito
tempo, talvez de um tempo onde
nem o próprio tempo se calculava
do jeito que se calcula hoje.

Vem dos primórdios.
E antes que eu dê sequência ao
meu falatório, como de costume, vou
parando por aqui.

Retornando ao ponto de partida.

É verdade.
Podes crer.

Que eu te amo de um jeito que nem
eu sei explicar.

Ops...
Esqueci.

Não se explica o inexplicável né?!?!

Melhor nem tentar. Te amo de novo.

Beijo.



(tudo bem, que alguns vão dizer que
isso não é poesia, e que lembra mais
um depoimento de Orkut... Mas, pra
mim, é poesia sim, pois a pessoa que
me inpirou a escrever transforma o
habitual em maravilha, sem saber...)

quinta-feira, setembro 17

Sirene

Nem tudo que
Brilha é ouro ou
Estrela

Nem mesmo
Quando a luz
Tremula e canta!

E dá-lhe, então
'Mão na cabeça!!'

Me Diz...

Me diz...

Se eu poderei
Um dia te fazer
Feliz...

Feliz sim, mas...

Muito mais feliz
Do
que você me faz.

segunda-feira, agosto 31

Quem Será?

Não sei seu nome.

Não sei sua idade.

Nem mesmo sei
Onde é que você mora...

Mas nada disso me revolta.

Pois sei, no entanto, que
De tanto te olhar, você olhou
De volta...

Eu te olhei.
E você olhou de volta.

Você olhou.

Você olhou de volta, e nesse
Instante, tudo ao meu redor
Perdeu sua importância...

E o tempo parou,
Para todo mundo admirar.

Todo aquele amor mental,
Sintetizado agora nesse nosso
Olhar.



*(alterado, pois este escrito
pôde ser entregue em mãos)
- 07/09/09

sexta-feira, agosto 21

Poeta (?)

Nunca
Quis ser poeta.

Poeta. (?)

Poeta
Punheta,
Masturbado,
Corrompido.

Acostumado
À frases feitas...

De cérebros
Mal esculpidos.

Nunca quis
Ser retardado.

Poeta, por assim
Dizer...

Mentalmente
Falido.

terça-feira, agosto 18

Acalanto

Canto I:

Pranto.

Espanto.

Entretanto. Um acalanto.

Daí...

O encanto. (ou Desilusão)


Canto II:


Seco
As lágrimas.

Findo
O pranto.


Canto III:

Me espanto,
Por entretanto

Que o encanto
Deste Acalanto

Não me alivie
Os bolsos, ainda
Furados.

Rodo

Meu filho
Chora de frio
E de fome

Situação pior
Não há de haver.

Nem sei se
Haverá para o
Moleque

Tempo
De dar-lhe
Um nome

Quanto mais
Algo para comer...

terça-feira, agosto 4

Séu de Çangue

O céu, coberto
De um vermelho
Cor de sangue

Grita, pede ajuda.

Mas, tão mecânico
Que sou (ou que sei)
Enfim, não ajustei

Meu cacofônico ouvido
Para ouví-lo.

E então, nesse dia
- por que não - nublado

Choveram gotículas
D'uma chuva da cor do
Fatídico, ou pecado.