terça-feira, março 4

Mariana

(dela, ao fim do dia)

Senta-se com sua calma de sempre
Sobre a sacada da noite e de ontem
Bebe um café, observa o horizonte
Luzes, luzes e mais luzes distantes

As janelas, infinitas possibilidades
Abertas, ao longe, vão convidando
Para com, quem sabe quem dormir
Sonhar, vendo mais um dia chegar

Antenas e aviões, e postes e carros
Dinâmicas e estáticas, as tais luzes
Colorindo a noite, o imenso negro
Do calar, silêncio, pela madrugada