sábado, novembro 17

Paraty e Bitucas





Há diversas tonalidades de cor
Entranhadas na terra molhada
Rodeada de plantas murchas
Por horas vadias pisoteadas

Em silêncio, admirando um céu
Daqui, plano, olhando para cima
Apalpando suas gotas que caem
Chorando o findar de outro dia

Lá do alto, o céu lacrimeja
Sem pesar ante à monotonia
Que parece nunca terminar
Adentrando as noites vazias

Essa chuva que cai de repente
Não cessa até que caia o dia
Chove até de manhã, cedinho
Pra depois o sol raiar, alegria

Se pra ela bastasse um cigarro
Meu isqueiro nem se importaria
Fuma mais que um pobre diabo
Maqueando a morte, que agonia

Destas costas doloridas tiro
Conclusões sobre essa folia
Observando teu corpo suado
Contradizendo toda essa fria