terça-feira, dezembro 4

Soneto de Amor

Nas manhãs, rego minhas plantações
Esperando colher o fruto desse amor
Nas noites, não durmo, apenas sonho
Ao flutuar contigo num tapete mágico

Encontro nas flores teu aroma, óbvio
Tão óbvio que às manhãs ao regá-las
Sinto-me perto de ti, óbvia presença
Em cada pétala, em cada gota, sonho

Ao sonhar, cubro-me do teu perfume
Teu calor espanta o frio do meu peito
Então, atiro-me num abismo perfeito
Repleto de ideais, devaneios, musical

O som, acalma minhas precipitações
A ânsia de te ver não segue o relógio
O tempo passa, porém distante, vão
Obstáculo, adversidade, contornada

Inevitável é meu coração não bater
Acelerado, contando as horas, aflito
Porém obstinado, apaixonado; tolo?
Não, tolice é não viver tal sensação

Assim, de manhãs, de noites eu vivo
A regar meu amor e colher teu amor
Ouvindo o som do teu peito a cantar
Contando segundos, vendo o tempo...

...vendo o tempo, amigo, passar.