Sou escravo do tempo
E de minhas emoções
Sou escravo da fome
E de meus devaneios
Permaneço calado
Sóbrio, estagnado
Junto a uma maré
De sonetos de amor
Do meu amor, esse
Que sinto por tudo
Por ti, querida vida,
Por ti, querido viver
Por todos meus dias
E pelas noites a cair
Amor, amor, amor,
Que não me deixa
Escravo sou, teu
Desde e para sempre
Sou escravo da sede
Da paixão, do verter
Dos meus anseios
Tolos, ultrapassados
Sou escravo do puro
E muito, do pecado
Muito além, resumo
De tudo, um pouco
Sou completamente
Louco, sou escravo