Uma suave vontade
De correr sem rumo
De correr distante
Sentir o vento bater
E me levar consigo
Não como as aves,
Que têm um destino
Tirar minha camisa
Aquela amarrotada,
E seguir a juventude
Dos meus atos
Gritar alto, gritar alto
Em seguida me calar
Olhar para o horizonte
Para todos os lados
E perceber de súbito
O ímpeto acelerado
De ser feliz, alegre
Um acre desejo
Enfim, recolher meus
Panfletos oníricos,
Lapsos vitoriosos
Da doença espalhada
A esquizofrenia
Fazendo-me querer
Ser grande
Demais
Páro por aqui.
Páro por aqui.