terça-feira, dezembro 11

Ecstasy

Por mais que eu tente explicar, não compreendem
Às vezes é mais fácil ignorar, ou pelo menos tentar
Mas é assim que funciona agora, acelerado sempre
Os olhos buscam um único ponto, mas é impossível
As mãs balançam pra frente e pra trás, incansáveis

Não importa o lugar, o horário, sempre complicado
Por mais que tudo esteja parado, parece tudo girar
Acho que é a cabeça, incontrolável, dançante, louca
O resto do corpo a acompanha, andando em frente
Ouvindo o som ensurdecedor, tomando o ambiente

Tem loiros, loiras, morenos e morenas, altos, altas
Baixos, baixas, gordos e magros, negros e brancos
Na mesma onda, no mesmo ritmo, orra, que calor!
Quem sabe, acho que estou numa filial do planeta!
É tanta gente, duvido, eu, que caibam mais alguns

É um tal de empurra pra cá, empurra pra lá, calma
Será que dá pra eu passar? Não? Espero o próximo
Abre, tempo, fecha, e eu entro, ufa, que complicado
Agora sigo pra próxima balada, numa outra estação
Vila Madalena, Trianon, Brigadeiro ou Consolação...