Sentado aqui estou, sentado e perplexo, observando a corrente da criação à minha frente. Assim, embriagado em maresia e por completo apaixonado. Em questão de minutos o horizonte mudou sua face, absolutamente tudo estava diferente.
O moço com seu cachimbo esfumaçante refugou, caminhou até a beira do mar, olhou durante um longo tempo para mim, depois para o alto, como que observando os pássaros relutantes, à brigar com a força dos ventos e depois, se foi, flutuando.
Três ou quatro caravelas, Pintas ou Ninas ou Santas Maria, atravessavam juntas o revolto mar, indo quietamente e quase que despercebidas, de um extremo ao outro, trilhando novos rumos, navegando.
Um anjo, pairou durante um breve instante sobre mim e por algum tempo ali ficou, e por algum tempo fiz que não o notava, até perceber que ele já não estava mais comigo, pois algum vento, necessitado de seus olhares e de seus cuidados, dali o levara. Para algum lugar distante daqui.
Um risco branco agora corta o azul do céu, em pleno vôo, penso eu, ser uma águia, ou algo alado, bem por aí, tão óbvio, um avião. Tão perto e tão distante, mantém sua linha constante e também some aos poucos.
O azul do céu não brilha à luz do sol, o fim da tarde ofusca seu esplendor e traz tons magníficos à sua presença. Nuvens róseas, acinzentadas, verdes, amarelas, fazem da imensidão uma grande tela, esta, pintada pela maior das artistas, pintada pela sempre criativa natureza.
Abaixo de meu corpo, toneladas de areia. Se pensarmos cada grão, como uma estrela, poderia afirmar estar diante de milhões, talvez trilhões ou então, estar diante de infinitas constelações, galáxias inteiras, aqui, bem sob meus pés.
Ao longe vejo coqueiros, tantos e tantos que se perde facilmente a conta de quantos. E como dançam, numa leveza inigualável, ao som de uma brisa constante, que docemente canta o aproximar da noite.
As crianças a brincar, empreendedoras de nascença, constroem impérios de areia por toda a praia, torcendo para que o mar, um empecilho à sua criação, não venha despretensiosamente seus castelos derrubar. E como brincam esses pequenos, como sorriem, correndo pra lá e pra cá. Penso eu, ao rodear meus cabelos, que, sois o vento a se manifestar, se comunicando através dos pequeninos, fazendo-os correr, cantar e pular.
Resta agora um mínimo fio de luz solar, bem ao longe, talvez imenso por lá, bem, bem distante daqui, enquanto o aqui se cobre com o manto do anoitecer repentino. E, justamente neste fio de luz, observo, após já tê-las esquecido, as minhas três ou quatro caravelas, que daqui, há muito já haviam partido.
O moço com seu cachimbo esfumaçante refugou, caminhou até a beira do mar, olhou durante um longo tempo para mim, depois para o alto, como que observando os pássaros relutantes, à brigar com a força dos ventos e depois, se foi, flutuando.
Três ou quatro caravelas, Pintas ou Ninas ou Santas Maria, atravessavam juntas o revolto mar, indo quietamente e quase que despercebidas, de um extremo ao outro, trilhando novos rumos, navegando.
Um anjo, pairou durante um breve instante sobre mim e por algum tempo ali ficou, e por algum tempo fiz que não o notava, até perceber que ele já não estava mais comigo, pois algum vento, necessitado de seus olhares e de seus cuidados, dali o levara. Para algum lugar distante daqui.
Um risco branco agora corta o azul do céu, em pleno vôo, penso eu, ser uma águia, ou algo alado, bem por aí, tão óbvio, um avião. Tão perto e tão distante, mantém sua linha constante e também some aos poucos.
O azul do céu não brilha à luz do sol, o fim da tarde ofusca seu esplendor e traz tons magníficos à sua presença. Nuvens róseas, acinzentadas, verdes, amarelas, fazem da imensidão uma grande tela, esta, pintada pela maior das artistas, pintada pela sempre criativa natureza.
Abaixo de meu corpo, toneladas de areia. Se pensarmos cada grão, como uma estrela, poderia afirmar estar diante de milhões, talvez trilhões ou então, estar diante de infinitas constelações, galáxias inteiras, aqui, bem sob meus pés.
Ao longe vejo coqueiros, tantos e tantos que se perde facilmente a conta de quantos. E como dançam, numa leveza inigualável, ao som de uma brisa constante, que docemente canta o aproximar da noite.
As crianças a brincar, empreendedoras de nascença, constroem impérios de areia por toda a praia, torcendo para que o mar, um empecilho à sua criação, não venha despretensiosamente seus castelos derrubar. E como brincam esses pequenos, como sorriem, correndo pra lá e pra cá. Penso eu, ao rodear meus cabelos, que, sois o vento a se manifestar, se comunicando através dos pequeninos, fazendo-os correr, cantar e pular.
Resta agora um mínimo fio de luz solar, bem ao longe, talvez imenso por lá, bem, bem distante daqui, enquanto o aqui se cobre com o manto do anoitecer repentino. E, justamente neste fio de luz, observo, após já tê-las esquecido, as minhas três ou quatro caravelas, que daqui, há muito já haviam partido.
