Venho observando seus passos há algum tempo. E disso ela bem sabe, mas faz que não me nota, e deixa no ar esse ar de quem pouco liga por estar sendo intensamente observada. Mas que ela não pense que eu não sei que também me observa. Pois sei, que ao admirá-la distante, tenho seu olhar recíproco, simultâneo, como que se a vítima desse ardente vislumbre fosse eu e somente eu. Não sou. Sei que não estou sozinho nisso.
Passo meus dias inteiros esperando pela sua saída promissora, pois teimosa e tímida que é, não se mostra assim tão fácil, esconde-se por trás de milhas e milhas e aparece quando outros se vão. Estou prestes a descobrir o porquê desta infinita rotina, de só se mostrar quando não se enxerga mais nada, a não ser sua face, seu brilho, seu doce e harmonioso canto. Penso estar diante de alguém muito carente, que necessita intensamente de atenção, precisa ser observada e, óbvio, requer um mínimo de amor e compaixão.
Foste minha companheira por diversas vezes, porém finge não me conhecer. Faz-se de boba. Como disse, sua timidez a impede de ser tão sociável como gostaria. Porém, quando percebida e admirada, é capaz de loucuras eternas para que não tenha fim a paixão que por ela nos consome. Platônico não? Não. Sinceramente não. Deste tempo em que a venho observando, posso tirar diversas conclusões, pois somente com o tempo pude descobrir quem ela realmente é.
Posto que os ventos não surgem do nada e as ondas não quebram às margens por puro acaso. Assim como fazem os rios, a correr sempre numa mesma direção e às sementes a crescer e dar aos homens o que comer. Estas e muitas outras coisas giram em torno e dependem dela, ao passo que ela gira ao nosso redor e, por conseguinte, nos entrelaça com seu aroma noturno.
E como é bela, e como irradia sua luz, de forma inigualável, a iluminar não somente a minha vida e o meu coração, mas a iluminar incontáveis outros corações, inspirar belíssimas canções, fazendo com que haja luz em meio à escuridão. Uma eterna cúmplice dos casais enamorados, assim como um cupido e suas flechadas certeiras.
- O quê você ainda está fazendo acordado meu filho? Já é tarde.
- Venha minha mãe, venha ver.
- Venha, venha ver o quê?
- Venha ver como ela brilha! Venha ver como ela pulsa!
- O que é garoto, está a escrever novamente?
- Sim! Não somente a escrever, estou a me declarar!
- Corra mãe, venha ver, antes que se esconda novamente!
- Venha, venha ver o quê?
- A Lua minha mãe, venha ver...
Passo meus dias inteiros esperando pela sua saída promissora, pois teimosa e tímida que é, não se mostra assim tão fácil, esconde-se por trás de milhas e milhas e aparece quando outros se vão. Estou prestes a descobrir o porquê desta infinita rotina, de só se mostrar quando não se enxerga mais nada, a não ser sua face, seu brilho, seu doce e harmonioso canto. Penso estar diante de alguém muito carente, que necessita intensamente de atenção, precisa ser observada e, óbvio, requer um mínimo de amor e compaixão.
Foste minha companheira por diversas vezes, porém finge não me conhecer. Faz-se de boba. Como disse, sua timidez a impede de ser tão sociável como gostaria. Porém, quando percebida e admirada, é capaz de loucuras eternas para que não tenha fim a paixão que por ela nos consome. Platônico não? Não. Sinceramente não. Deste tempo em que a venho observando, posso tirar diversas conclusões, pois somente com o tempo pude descobrir quem ela realmente é.
Posto que os ventos não surgem do nada e as ondas não quebram às margens por puro acaso. Assim como fazem os rios, a correr sempre numa mesma direção e às sementes a crescer e dar aos homens o que comer. Estas e muitas outras coisas giram em torno e dependem dela, ao passo que ela gira ao nosso redor e, por conseguinte, nos entrelaça com seu aroma noturno.
E como é bela, e como irradia sua luz, de forma inigualável, a iluminar não somente a minha vida e o meu coração, mas a iluminar incontáveis outros corações, inspirar belíssimas canções, fazendo com que haja luz em meio à escuridão. Uma eterna cúmplice dos casais enamorados, assim como um cupido e suas flechadas certeiras.
- O quê você ainda está fazendo acordado meu filho? Já é tarde.
- Venha minha mãe, venha ver.
- Venha, venha ver o quê?
- Venha ver como ela brilha! Venha ver como ela pulsa!
- O que é garoto, está a escrever novamente?
- Sim! Não somente a escrever, estou a me declarar!
- Corra mãe, venha ver, antes que se esconda novamente!
- Venha, venha ver o quê?
- A Lua minha mãe, venha ver...