(Em memória à mãe de meus irmãos)
Seus olhos que enxergavam mais
Mais que a todos os nossos olhos
Indicando por onde seguir, sábia
Seu coração que batia muito mais
Que qualquer outro em outro peito
Que batia sempre, tão sem defeito
Peito esse que batia por nós todos
Seus ouvidos, ouviam muito mais
Cúmplice, de risos e lamentações
E boas palavras a nós sussurrava
Conselhos maternos, tão sinceros
Seus traços fortes, sua identidade
Idoneidade, que fazia mais e mais
E melhor. Generosidade dedicada
Mãe de muitos e muito de muitos
Seus sorrisos sempre verdadeiros
Poderosos e calorosos e, potentes
Escondendo nostalgia, o dia-a-dia
Cabelo branco, de pura sabedoria
Não mais enxergam
Não bate, não ouve.
Nada mais por fazer
Nem um riso a sorrir
Ou lágrima a chorar.
Mãe, amiga, ao infinto, prossiga,
com a bênção dos que ficam e as
boas-vindas daqueles que tanto
aguardaram pela tua paz.
Até a próxima.
Te vejo numa próxima.
E agradeço, por tudo.
Com Amor, o melhor dele.
Vicente Canato